domingo, 28 de agosto de 2016

Religião e Mídia: espiritualidade no mundo moderno

Reflexões do filósofo e professor Luiz Felipe Pondé.


CRÍTICA ATEÍSTA DA RELIGIÃO: OS MESTRES DA SUSPEITA


ROCHA, Alessandro. Uma introdução
à filosofia da religião. São Paulo: Vida, 
2010. pp.127-144.


Sigmund Freud, Karl Marx e Friedrich Nietzsche são destacados no capítulo 7 do livro “Uma Introdução à Filosofia da Religião”, de Alessandro Rocha. Os três pensadores colocavam a religião e a consequência dela em cheque; desconfiavam da existência de Deus, bem como de quaisquer divindades. Daí serem chamados de “mestres da suspeita”.

  No capítulo Crítica ateísta da religião: os mestres da suspeita, discorre-se sobre as crenças dos referidos pensadores.  Marx, por exemplo, disse que a religião é o ópio do povo. Ele acreditava que ao criticar a religião, a população seria alertada acerca de um sistema manipulador, que deixava – em sua opinião – as pessoas acomodadas, resignadas, inertes. Marx defendia que a filosofia, ao criticar a religião, estava prestando um grande serviço à sociedade.

Nietzsche teria sido ainda mais contestador, sendo dele a célebre sentença de que Deus está morto. Contudo, ele fala da morte de Deus “como condição para o surgimento do super-homem, ou seja, o ser humano em plena afirmação de sua vontade e potência” (Rocha, p.128).

Outro pensador crítico da religião foi o psicanalista Sigmund Freud, para quem Deus é uma ilusão infantil. Ele não se preocupou em analisar a existência de Deus, mas, sim, fazer um estudo crítico sobre a razão da existência de fé e religião.

Freud defendia que os religiosos viam em Deus uma figura paterna, como um pai que acolhe o filho no mundo injusto e cruel. Este paternalismo, afirmava, era prejudicial, vez que causava imaturidade para o enfrentamento de problemas. Por isso, Freud defendia que este pai deveria morrer no imaginário das pessoas.

Um dos pontos ressaltados por Alessandro Rocha é a assertiva de que não se deve simplesmente repetir as teorias de pensadores que criticaram a religião, devendo ocorrer uma crítica da crítica religiosa daquela época. Sendo a filosofia a permanente busca de conhecimento, não há de se ter como finito ou definitivo um conceito.

Resumo by Fátima Nascimento